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'A morte de JP Cuenca' conta história real de um roubo de identidade

Filme estreia nesta quinta (8) em sessão especial no Festival do Rio. Obra é baseada na história do autor João Paulo Cuenca.

Um Rio de Janeiro em intensa transformação, um prédio na Lapa, um escritor que descobre que foi dado como morto e a busca por descobrir quem foi o homem que roubou sua identidade. Esses são os elementos de "A morte de J.P. Cuenca", primeiro longa do cronista e escritor João Paulo Cuenca, baseado em uma história real vivida pelo autor em 2008. O filme estreia nesta quinta-feira (8), no Cinépolis Lagoon 6, às 21h30, em sessão especial do Festival do Rio.

A produção transita entre ficção e documentário e conta com Cuenca interpretando a si mesmo enquanto investiga o caso do roubo de sua identidade e de sua “morte”.

“A história me permitiu fazer uma profunda reflexão sobre o que eu sou além do meu nome, da minha filiação, da minha data e local de nascimento. Afinal, foram esses dados que alguém usou para morrer. Do dia para a noite, me vi livre deles. O que sobra? Logo percebi que tentar responder essa pergunta era mais importante do que resolver qualquer entrave burocrático”, contou o escritor ao G1.

Com mais de 15 livros publicados, Cuenca anuncia que deseja continuar sua empreitada cinematográfica. "Pretendo trabalhar muitas outras vezes com cinema, vejo esse filme como meu primeiro longa-metragem", afirma.

O filme conta apenas com um atriz, Ana Claudia Cavalcanti, e todos os outros personagens envolvidos no mistério do rouba da identidade interpretam a si mesmos.

O Festival do Rio terá outras duas sessões, na sexta-feira (9), no C. C. Justiça Federal 1, às 16h45 (em uma sessão com debate), e no sábado (10), às 16h, no CCBB.

O autor considera que sua vida está permanentemente afetada pelo episódio.

"Eu sempre pensei em sair de cidade e até mesmo do país, viver a vida de outra pessoa até me transformar nela. Sempre tive planos de fugir. Com a morte, eu consegui empreender essa fuga sem sair do lugar. É libertador e é um pesadelo ao mesmo tempo", diz Cuenca, que afirma ainda que, se fosse roubar a identidade de alguém, furtaria a sua própria, há dez anos.

(Veja no vídeo abaixo comentários sobre o primeiro fim de semana do Festival do Rio.)

 

Fonte: G1

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